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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Saudade

Uma vez a Juli escreveu um texto sobre a palavra que definia o ano dela e nesse dia pensei que não havia outra palavra no mundo que definisse meu ano melhor que “Saudade”.

Começo a escrever esse texto em meio a um caos mental. Hoje estou sensível, mais do que sensível... estou transbordando emoções. Fazem duas horas que choro sem parar. Por que? Bom, saudade é a palavra que me define. Mas hoje é um caso especial...

Sinto saudade da família, dos amigos, de casa TODOS os dias. Já até me acostumei com essa dorzinha interior. Mas hoje essa palavrinha me pesou. Estava conversando com a minha mãe e ela me contava toda entusiasmada que ia começar a fazer academia. Que isso ia fazer ela se sentir melhor, com mais vida (se é que ela necessita, já que em plenos 58 aninhos tem folego de uma guria de 20).

E em seguida me fez uma pergunta em uma publicação que tinha feito no face a poucos minutos... “Que passou na minha vida que eu nunca ia esquecer?” Parei uns minutos para pensar e lembrei de quando dancei com meu pai nos meus 15 anos. Me lembro que eu não queria dançar valsa, de jeito nenhum, e implorei pra ele não fazer isso. Só que ele colocou uma música (“Filha” do Rick e Renner) e ficamos esses minutos abraçados chorando de uma lado ao outro.


Foi um momento único. Depois o agradeci por ter feito, e com certeza isso NUNCA vou esquecer. E ai veio o peso da palavrinha aquela que já mencionei um par de vezes. E por um momento me senti egoísta de estar aqui... longe deles. E foi ai que o caos mental começou.

Como me dividir em duas? Como aproveitar meus “velhos” e não deixar para trás tudo que conquistamos aqui? Como simplesmente dizer tchau e voltar correndo pro colo dos meus pais? Não posso. Queria que as coisas fossem mais simples e que o tele transporte existisse.

Sou MUITO feliz aqui. Digo isso todos os dias para o Pablo. Nosso apê, os gatos, a faculdade, as experiências, um novo idioma e cultura.  Tem como seguir tudo isso e diminuir a distância de casa em uns 1000km? Deveria ter uma lei que te permitiria tirar ferias e ter tudo pago pra qualquer lugar caso fosse comprovado que tu ta precisando de colo de mãe. Não tem remedio melhor para qualquer angustia e insegurança.


O que nesse momento me conforma é que a ideia, minha e do Pablo, é de um dia voltar para o Brasil. Viver na praia e consequentemente mais pertinho de casa, da família e dos amigos. Esse dia vai chegar... espero que não demore taaaaaaanto. Mas daí a pergunta vai ser: E será que o Pablo vai estar preparado para a nova palavra que vai definir ele? #Oremos


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