Continuando a série de 30 Coisas
sobre meus 30, hoje vou falar de uma passagem da minha infância que até
hoje é uma das histórias que nós mais gostamos de contar. Uma história que nem
sempre todas as meninas normais fazem e que eu e a Juli tivemos a oportunidade
de vivenciar.
#2 Viajei dentro de um baú de
caminhão
Sempre tivemos casa da praia,
presente de um avô e avó que compraram uma para que os netos pudessem aproveitar
o verão no litoral. Mas nem sempre tivemos carro. Na verdade, na infância,
tivemos carro por pouquíssimo tempo, a grana sempre era curta, mas nunca deixávamos
de fazer as coisas e viajar pra praia sempre foi uma aventura. Em um feriadão
de outubro, resolvemos passar na praia. Juntamos nossa família, nossos
agregados (família número dois) e minha mãe deixou eu levar uma amiga. Fomos todos
de Unesul interpriaias (O velho pinga-pinga que leva mais de 3 horas para
chegar em Atlantida Sul) e o feriadão foi bem divertido com a casa cheia, como
sempre.
Daí, no domingo de tarde, recebemos
uma oferta de carona: Voltar para Porto Alegre dentro de um baú de um caminhão
da Uguine. Sim!
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Na foto todo mundo voltando pra Poa! |
Enquanto estava claro, estava tudo
bem, mas o sol começou a se pôr e dentro do caminhão estava um breu só.
Começaram as brincadeiras de código Morse, com as luzes do relógio digital.
Celular, não existia nas nossas vidas. Foi uma diversão só. O único medo, era
que fôssemos parados em uma fiscalização. Perto dos pedágios e postos da
polícia rodoviária, que espiávamos pelo buraquinho que tinha na parede do baú,
ninguém dava um piu.
Até que o caminhão parou no meio da
estrada. Todo mundo gelou. A porta abriu. Era o motorista, o vizinho de praia,
o mesmo que nos ofereceu a carona, para perguntar se estava tudo bem. Baita susto!
Fim de viagem e mais uma história
pra contar!
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