Acho que nunca, nunquinha mesmo, vou me acostumar em acordar
de manhã cedo. Faço, por que trabalho com crianças e crianças acordam cedo, e
por isso vão à escola e lá precisam de professores.
Meu momento de produção intelectual sempre acontece depois
das 20h. Estava tentando entender o motivo disso e me observando e trabalhando
o pensamento sobre o meu pensamento, cheguei à conclusão de que é a hora do dia
em que meu cérebro está ligado a mil. Não interessa se eu acordei às 5h da
manhã, depois das 20h acontece uma explosão de ideias e pensamentos na minha
cabeça, que borbulham assim que o Sol se põe.
Tudo bem que as ideias nem sempre são produtivas. Algumas vezes
são ideias loucas, bestas, sem sentido, outras são ideias maravilhosas que
estão ou não voltadas ao trabalho.
A noite me encanta (ainda mais nesses tempos de verão) pois
não está tão quente. A cidade para, o silêncio inspira, os ruídos todos se vão
e posso me ouvir mais e nitidamente.
Melhor seria se eu pudesse, além disso, fazer a faxina da
casa de noite e madrugada, mas, apesar da minha vizinha de cima praticamente
fazer aula de jump e varrer o chão com escovão de aço perto da meia noite,
respeito meus vizinhos.
Pela noite, não preciso me preocupar se estou a 8 horas
trabalhando nas minhas ideias sem comer, já não há mais atualizações no
facebook e conversas inbox pipocando. Sou eu, o barulho do teclado, os livros,
os textos, os vídeos e aquele ventinho que só a madrugada sopra pela janela.
O marido não curte muito, chama quando percebe que são 2h da manhã e não fui dormir...
Se não fosse ele, acho que viraria uma coruja!
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